
Você já parou para pensar em como o ambiente físico da sua empresa pode interferir na acessibilidade para deficientes visuais? Além do ambiente virtual, não podemos esquecer que o mundo “real” também precisa ser acolhedor.
Assim, neste artigo, vamos mostrar várias dicas práticas para sua empresa ser amiga de quem é cego ou de pessoas que têm visão reduzida. Dessa forma, você contribuirá para um mundo mais acessível, começando pelos seus próprios projetos!
Acessibilidade para deficientes visuais e cultura de inclusão
Antes de tudo, a acessibilidade para deficientes visuais envolve uma mudança de mentalidade. Nesse sentido, sua empresa precisa promover workshops, conversar com colaboradores, compartilhar vídeos e histórias inspiradoras.
Quanto mais todo mundo entender a importância do tema, mais fácil será promover a inclusão. Assim sendo, reúna pessoas de diferentes áreas para ouvir sugestões e dificuldades. Quanto mais diversidade de opinião, mais completo será o projeto de acessibilidade.
Feito isso, chegou a hora de dar um passo à frente. Veja na sequência como sua empresa pode, na prática, promover a acessibilidade!
Piso tátil: guias para os pés e a bengala
Os famosos pisos táteis nem sempre aparecem nos projetos de escritórios e lojas corporativas – mas deveriam! Eles indicam o caminho seguro: linhas contínuas que orientam (direcional) e esferas que sinalizam atenção (alerta), como degraus ou obstruções.
Nesse caso, invista em pisos táteis confeccionados com o tipo de material mais adequado. Por exemplo, em ambientes externos, talvez seja mais adequado um piso tátil de concreto. Já em ambientes internos, o PVC ou cerâmica são mais eficientes.
Não se esqueça de instalar os pisos conforme as normas técnicas vigentes. Com isso. Sua empresa ganha pontos com todos, evita acidentes e promove a acessibilidade.
Sinalização tátil e braille nas placas
Elimine aquelas placas de porta com letra miúda. Para deficientes visuais, a solução é o alto relevo e braille ao lado das inscrições. Pode ser na porta de sala de reunião, banheiro, copa ou auditório…
Coloque as placas entre 1,20 m e 1,60 m do chão, em um local que não vire obstáculo. Também use cores contrastantes: letras claras em fundo escuro ou vice‑versa.
Iluminação uniforme e contraste de ambientes
Uma iluminação ruim transforma qualquer sinalização num “borrão”. Para quem tem visão reduzida, uma luz difusa e sem reflexo faz toda a diferença. Aqui vão alguns truques:
- Spots direcionais em corredores para destacar caminhos;
- Luminárias com difusor para evitar sombras duras;
- Tom de luz entre 3.000 K e 4.000 K, que equilibra brilho e conforto;
- Misturar lâmpadas quentes e frias pode confundir as pessoas; mantenha a mesma temperatura em todo o ambiente.
Mobiliário pensado para orientação
Mesas, cadeiras, armários e jardineiras não podem virar barreira. Muitas empresas esquecem desse detalhe e acabam criando obstáculos em nome de uma aparência mais bonita.
Para evitar isso, deixe corredores com largura mínima de 1,20 m, garanta cantos arredondados e evite móveis suspensos fixados muito alto (para não “sumirem” da percepção tátil da bengala).
Se tiver balcão de atendimento, sinalize o início e o final com parte em relevo, para que a pessoa toque e saiba onde encostar ou se aproximar.
Guias de detecção em grandes espaços
Se sua empresa tem galpões, estoque ou escritórios amplos, instale guias de detecção no piso. Faixas paralelas de textura diferente direcionam a pessoa até pontos estratégicos: elevadores, copas, saídas de emergência.
Já em cruzamentos de corredores, troque o tipo de relevo para avisar que vem mudança de rota. Assim, a bengala “sente” a mudança e o usuário sabe que precisa adequar a trajetória.
Mapas e maquetes táteis
Para empresas que recebem clientes e parceiros em larga escala (maior porte), considere mapas e maquetes em relevo, promovendo a acessibilidade para deficientes visuais. Observe exemplos:
- Mapas de parede: feitos com tinta em alto-relevo e indicações em braile;
- Maquetes de mesa: construídas em plástico resistente ou madeira, mostrando corredores, salas e áreas externas.
Isso ajuda quem está visitando a entender o espaço antes de sair andando por aí sem rumo.
Sinais sonoros em semáforos internos
Parece estranho, mas faz sentido: em grandes pátios de carga, garagens ou áreas de manobra, use semáforos com sinal sonoro. O “bip” característico sinaliza quando é seguro atravessar ou lidar com trânsito interno, como empilhadeiras.
Nos estacionamentos corporativos, sensor de presença que aciona alerta sonoro para pedestres também pode prevenir acidentes.
Elevadores e botões acessíveis
Dentro de elevadores, é fundamental ter botoeiras em braille e alto-relevo. As teclas devem ter tamanho mínimo de 20 mm, distância entre elas de pelo menos 5 mm e iluminação discreta que destaque o contorno.
Além disso, instalar sistema de voz que anuncia o andar economiza tempo e aumenta a autonomia.
Banheiros adaptados para todos
Geralmente, pensamos em barras para cadeirantes, mas e quem não enxerga? Assim, coloque plaquetas em alto-relevo para “P” (padrão) e “A” (adaptado), indicando o tipo de cabine.
Não deixe de investir na instalação de barras de apoio laterais e verticais para guiar a pessoa até o vaso sanitário. Outras ações envolvem instalação de pias com parte inferior livre, válvula de pressão tátil e torneiras com alavanca longa, fáceis de identificar ao toque.
Copas e áreas de convivência
Ambientes de café, copa e cozinha também merecem atenção: armários com puxadores de formato único (círculo, quadrado, triângulo) permitem identificar cada porta.
A acessibilidade para deficientes visuais engloba ainda mesas com tamanho padronizado e cadeiras com assento marcante (relevo na borda) que evitam tropeços.
Treinamento da equipe
Não adianta ter toda a estrutura se ninguém souber ajudar. Portanto, promova treinamentos simples para a sua equipe. Isso abrange questões como:
- Treinamento para atendimento receptivo;
- Uso de tecnologias de apoio, como leitores de cartão com saída de voz e aplicativos;
- Ter pessoas qualificadas para ajudar no deslocamento do deficiente visual e descrever os ambientes caso seja necessário.
Esse treinamento pode ser peça-chave para transformar um ambiente acessível em um lugar acolhedor!
Manutenção preventiva
Jamais podemos esquecer da manutenção preventiva. Um piso tátil solto, uma lâmpada queimada ou uma placa de braile riscada são contradições à acessibilidade. Crie checklists mensais:
- Verificar o estado do piso tátil;
- Testar botões de elevador e semáforos sonoros;
- Conferir iluminação em corredores;
- Revisar placas em alto-relevo e braille;
- Documentar tudo facilita comparativos e relatórios para a gestão da empresa.
Acessibilidade digital
Mesmo focando no físico, vale lembrar: muita informação útil está online. Então:
- Ofereça um QR Code com áudio descrição de plantas de pisos e ambientes;
- Tenha um site corporativo responsivo, com alto contraste, texto alternativo em imagens e navegação por teclado;
- Disponibilize um chat ou número de telefone com atendimento auditivo, para quem não usa bem o site.
Esses elementos digitais fazem a ponte entre o planejamento e a experiência real. Dessa forma, além de cumprir normas e leis, investir em acessibilidade traz vantagens reais:
- Imagem institucional: mostra que a empresa se importa de verdade;
- Engajamento interno: colaboradores se sentem parte de um propósito;
- Ampliar o público: receber pessoas com deficiência gera novas parcerias e clientes;
- Redução de acidentes: ambientes mais organizados atraem menos falhas.
Conclusão sobre o assunto
Implementar acessibilidade para deficientes visuais envolve muito mais que cumprir um checklist obrigatório. É abraçar a empatia e pensar na experiência do outro em cada detalhe: desde o piso tátil que guia os passos até o botão em braile que escolhe o andar do elevador.
Não esqueça de capacitar sua equipe e manter uma rotina de manutenção preventiva. E aí, pronto para dar esse passo rumo a um lugar onde todo mundo se sinta bem-vindo? Comece hoje mesmo a repensar seus espaços e veja a magia da inclusão acontecer.
Se precisar de ajuda, tanto com produtos como com instalação e/ou manutenção, converse com a equipe da RDP Plast e confira nossas soluções para acessibilidade.